13 de junho de 2016

Precisamos de uma Inteligência Artificial aberta


A Microsoft tem a Cortana, a Apple tem a SIRI e o Google tem o Google Assistant (belo nome). Outras empresas tem suas IAs e por aí vai.

Mas e os 19 usuários de Linux? Provavelmente a Microsoft e o Google irão trazer online via browser. Hoje em dia dá para fazer tudo por ele, e isso é bom!

Mas a comunidade FLOSS ficará amarrada a essas duas emprestas capitalistas e opressoras?

Nas últimas apresentações da Microsoft e do Google ficou bem claro o foco da Inteligência Artificial. E eu aposto o c* do Kodos que a Apple também irá focar nessa WWDC 2016.

A Microsoft vai usar, além da Cortana, os bots. O Google tem o carro-chefe, que é a pesquisa, além de vários produtos para poder minerar os dados e o recém anunciado Allo. E  Apple? Bem, não sabemos ainda.

Mas há um problema nisso tudo. Qual o sentido de criar uma inteligência artificial restrita a um público específico? Vamos estereotipar. O público-alvo da Apple são os usuários ricos, frescos e fúteis. O público-alvo do Google são os pobres, nerds e tetudos. O da Microsoft são trabalhadores, ponderados e transantes. 

Logo, cada IA vai aprender o comportamento dos seus respectivos usuários, enquanto se houvesse uma integração entre todas elas, a IA poderia absorver muito mais. 

Aí surge outro problema: concentração de poder. Imagine um enorme conhecimento nas mãos de uma empresa. Ou de duas, ou de três. Imagine a treta, a manipulação, a opressão? NO PASSARÁN!

Seria interessante uma IA aberta onde as empresas poderiam alimentá-la e usá-la. E isso só seria possível com uma Linux Foundation da vida, alguma instituição sem fins lucrativos e patrocinada.

Há uma empresa sem fins lucrativos de pesquisas relacionadas sobre inteligência artificial, a OpenAI. Um dos patrocinados é o Elon Musk, então não é qualquer bosta. Mas ainda sim, é uma "empresa". Não é uma fundação, associação, agremiação nem p*rra nenhuma.

Enfim, é legal ter um ecossistema amarradinho e funcionando bonitinho. Mas tá na hora das empresas largarem o osso e começarem a unir a p*rra toda.