O Governo brasileiro investe muito em tecnologia e soberania nacional. Nossas universidades são polos tecnológicos e nossas empresas dominam o mercado internacional de TI.
Com o open-source não seria diferente. Lançado em 2005, o site governamental SoftwareLivre.gov.br completou 1 ano semana passada.
Recentemente há rumores de que o governo brasileiro que substituir o open-source já implementado por soluções fechadas da Microsoft.
Veja, eu não tenha contra, pelo contrário, uso Windows, Office, Outlook e o Bing (mentira, uso o DuckDuckGo e apelo para o Google em último caso). O problema é que o governo não é uma empresa, o governo não precisa dar lucro, não precisa cortar custos com coisas boas (deveriam cortar benefícios).
Mesmo que os custos para usar os produtos da MS fossem 100 reais e o do software livre fosse 150 reais, os 100 reais iriam desaparecer, iriam para os imperialistas. Enquanto os 150 reais usando mão de obra local, iria fomentar o desenvolvimento aqui.
Mesmo que o zézinho da Matrix Informática Ltda não manjasse dos paranauês, o dinheiro ficaria aqui no país e a sua empresinha DeBosta™ poderia crescer.
De novo, não importa que o software livre não seja livre de custo, pelo contrário, que tenha, porque não existe almoço grátis, mas que seja para reinvestir nacionalmente.
Isso não é protecionismo, até porque a Red Hat e SUSE poderiam participar das licitações. Mas ao menos iria contribuir para o ambiente aberto.
A Rússia, seja pelas sanções ou pelo ódio, está querendo abandonar softwares proprierários de outros países. O própri EUA lançou um site para promover o código-aberto dos seus próprios programas, o Code.Gov.
A maioria faz piadinha com o Ano do Linux, defendeu a migração para a Microsoft... mas tá aí, usando Android e sonhando com a morte do Windows Mobile. Vai entender.
Brasil odeia ciência e a culpa disso é nossa.