O ano de 2016 fez muitas vítimas, uma delas foi o G1zmodo Brasil. Vários blogs lixo, de bosta e de merda comentaram a falência de um dos maiores portais de tecnologia do Brasil.
Mas nenhum abordou o que realmente é relevante: E aí, vai fazer o quê?
Internet está sempre em movimento, sites vem e vão. A bolha pontocom que estourou é a prova disso.
O modelo de Kulber-Ross explica o que estamos vivendo com o Gizmodo. Segundo esse modelo, há 5 estágios sobre a perda:
1. Negação
2. Raiva
3. Negociação
4. Depressão
5. Aceitação
1. Negação
2. Raiva
3. Negociação
4. Depressão
5. Aceitação
Quando o Gizmodo começou a falir, muitos duvidavam que realmente estava falindo. Muitos achavam que era passageiro. E também acham que é porque estão de férias. Ou seja, estão ainda na primeira fase.
Já outros comentaristas estão na segunda fase, a de raiva. Uns pedindo que todos os frequentadores realizem um boicote. Outros vão além e já estão até xingando. Há relatos de comentaristas querendo ir até a sede do F451 e jogar coquetéis molotov.
Sem dúvida nenhuma a terceira fase virá, EmBreve™, questão de tempo.
O que fazer então?
Let it go...
Vamos pular logo para a fase de aceitação. Já era, truta. Temos que aceitar o fim de uma Era.
Blogs
E o que sobrevive ao apocalipse? Os blogs. Blogs são independentes, não tem aquelas matérias vendidas. Blogs são honestos, as pessoas escrevem com o coração. Blogs tem assuntos que nem sempre estão na modinha. O maior problema dos blogs é que existem vários que você nunca vai conhecer porque não há publicidade, só dá para acessar por indicação, é quase uma Deep Web.
Claro, geralmente um blogueiro de merda não tem tempo nem dinheiro para ficar comprando gadgets e fazendo reviews meia-bosta de meia-hora no youtube para mostrar nem metade dos recursos. Mas pelo menos mostra seu ponto de vista sobre diversas coisas sem medo de ser parcial.
Há um certo preconceito com os blogs. Surgiu quando algumas pessoas que apanharam muito na infância resolveram criar diários abertos na Internet para demonstrar suas frustrações e tal. Os Web Logs, ou registros na web, que virou weblog e ficou mais fácil apenas blog.
Com o tempo surgiram os videologs, ou vlogs. Os vlogs hoje em dia são chamados de youtubers. O que é uma merda, o Google macetosamente acabou com o termo vloggers, que era genérico para todos que usam video. Por exemplo, não importa a plataforma que você usa (blogger, wordpress etc), é considerado blog. Enfim, segue o jogo.
Hoje em dia os blogs estão morrendo justamente por causa dessas plataformas fechadas, como Youtube, Facebook etc. É muito mais fácil criar um textão no Facebook pois forçará teus 500 amigos a ler a bosta que você escreveu, porque vai direto para as timeline deles.
Com os blogs não tem isso, você precisa acessar cada blog ou então usar um agregador de RSS, você pega o link do rss de um blog e coloca num programa ou site e ele irá agregar. Facilita muito isso. Mas isso dá um certo trabalho e cada dia mais as pessoas estão preguiçosas.
Resista
Vamos resistir a essas mídias golpistas que querem enfiar um monte de gadgets inúteis, com posts patrocinados (nem sempre explícito). Até mesmo você um inútil, pode criar um blog agora mesmo, de graça, para dar sua opinião de merda porém de coração.
Você só precisa de:
1. Um e-mail falso para evitar spam (recomendado)
3. Criar uma conta no Disqus para usar nos comentários (o melhor que tem)
4. Dar meia hora de bunda (opcional)
5. Fazer propaganda em outros lugares para que as pessoas saibam da existência dessa merda
Pronto, aí basta escrever qualquer bosta sem se preocupar com gramática, concordância verbal e os carai a quatro.
Você pode achar que não tem terá tempo. Mas qualquer post de merda leva 10 a 30 minutos. Se for um review, pode demorar até mais... mas não significa que você precisa fazer tudo de uma vez, pode começar e terminar outro dia. É um blog de merda, você não está sendo remunerado por isso, então não precisa ter nenhum compromisso.
Então vai lá, crie seu blog lixo sem medo de ser feliz!