4 de fevereiro de 2016

KDE Neon, o Ubuntu plasmático



Estava por aí e li uma matéria sobre o KDE Neon e achei interessante. Durante o FOSDEM 2016, (Free and Open Source Software Developers' European Meeting), o pessoal do Plasma Desktop anunciou esse projeto que visa unir o Ubuntu e o KDE

Mas e o Kubuntu?

Como eles explicam no site, o KDE Neon não é uma "bem" distro, ao contrário do Kubuntu. Eu digo "bem" porque podemos dizer que sim, apesar deles dizerem que não eu posso não evitar de discordar que seja o contrário (ROUSSEFF, Dilma).


Basicamente é será o Ubuntu LTS (atualmente por enquanto é a versão normal, a 15.10, até que o próximo LTS seja lançado) com os repositórios diretos do KDE para que os softwares, bibliotecas e tudo mais estejam sempre atualizados, ao contrário do Kubuntu que é uma distro lançada por versões, onde cada versão recebe o software novo testado. Então se você usa o Kubuntu 1 e o KDE lançar novas versões de seus aplicativos, só virão no Kubuntu 2 (a não ser que você resolva instalar manualmente e correr os riscos do PauNervoso™). Além disso, também vão oferecer pacotes mais atuais do Qt, aquele framework que o Tizen In-Vehicle Infotainment vai rodar nos carros).

Então podemos sim considerar uma Distro, já que o pessoal do KDE vai pegar o Ubuntu, fazer modificações e publicar em seus servidores. Apesar que você pode, caso use o mesmo Ubuntu LTS que eles, simplesmente adicionar o repo e instalar o Neon, seguindo o tutorial deles:

Adicionar o pacotes do KDE Neon:

# wget http://archive.neon.kde.org.uk/public.key
# apt-key public.key
# sudo apt-add-repository http://archive.neon.kde.org.uk/unstable
# sudo apt update

E finalmente instalá-lo:

# sudo apt install neon-desktop

Depois só reiniciar e rezar para não travar, já que se trata de uma versão instável. Lá eles recomendam instalar o sobre o Kubuntu ou então baixar a Live Image deles mesmo (Coming Soon!).



Haverá suporte apenas para as versões 64bit. Até porque rodar o Plasma exige uma máquina mediana ou poderosa, já que consome bastante RAM (nem tanto quanto o Chrome) e exige do processador.

Mas eles dizem que não, que é importante trabalhar com cada distribuição para oferecer a melhor Experiência aos usuários. Lembrando que o SUSE e o Google são dois grandes patrocinadores do KDE.

Para quem gosta da estabilidade e comunidade o Ubuntu mas odeio do fundo do coração o Unity, isso resolverá o problema. Apesar dos forks (kubuntu, xubuntu, lubuntu etc) serem excelentes, nada como quem cria o próprio desktop manter a parada.

Você que frequenta diariamente, apesar de não ter posts diários, o Expresso sabe que há outro projeto, o Plasma Mobile que, por enquanto, só roda em cima do Kubuntu também. Talvez essa proximidade com o pessoal do Ubuntu esteja dando frutos.

Para você ver como são as coisas. Kernel Linux roda no Debian que usa softwares GNU e outros, que é usado como base para o Ubuntu que foi escolhido pelo KDE para rodar o Plasma Mobile e o Neon. Muitos veem isso como uma p*taria. Mas é o estado-da-arte em sua forma orgânica (DO ÁRTICO, Raposão).